16 Comentários

É o desafio de furar a bolha. Dia desses um amigo me perguntou que filmes do Oscar eu vi - " e não ouse dizer que nenhum". Com livros, é a mesma pressão, ainda mais trabalhando para essa indústria. Para pertencer a qualquer grupo, somos "convidados" a ser menos espontâneos, a preferir nossos gostos para não parecer desinteressante ou se perder nas conversas. Um baita desafio de autoestima. Aliás, tô lendo a maravilhosa biografia do Mario de Andrade, escrita pelo Jason Tércio; um outro chamado "Respire", de James Nestor; e "A Vida Secreta das Emoções ", da Ilaria Gaspari.

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Nem me fale em filmes do Oscar. Dó vi o Nada de Novo no Front e o Argentina: 1985 rs

E valeu pelas sugestões :)

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Adenia Chloe é minha religião. Sinto o mesmo com as modas de livros e confesso que deixo passar até ver se realmente me interesso pelos livros. Desse modo, ainda não li a Ferrante, mesmo tendo amado a série. Torto arado nem passa pela minha cabeça em ler e outros livros não arrisco expor opinião. RS. Muito do que leio vem de capas bonitas sim, de indicações de pessoas que confio no papo e nas trocas... Enfim, tem rolado boas leituras por aqui desse jeito. E acredito que tb evitado gastar uma grana com coisas que não vou ler tão cedo... Ou nunca. 😅

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Esperar passar o hype para a coisa decantar é uma boa estratégia.

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Adorei a análise! Faz um tempo que tenho esse mesmo sentimento.

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O livro é um objeto muito, muito interessante. Ele já foi símbolo de poder (sendo exclusivo para rei e pessoas de grande fortunas), já foi símbolo da intelectualidade, e com o advento da Amazon virou símbolo de produto.

Fico pensando no José Olimpo e nos editores que possuíam afeto por seus livros para além de pensar neles como um simples produto.

Fiquei nesse pensamento por causa da censura do livro do Tenório, que teve 400% de aumento de vendas após censura, e ficou parecendo pelas redes sociais que a Cia mais estava surfando na onda da censura do que mostrando ao público que censura de livros é inconstitucional e que ela tomaria medidas legais.

esses e outros muitos pensamentos nascem em mim devido ao seu texto.

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Bom que despertou essas reflexões, Talles. Valeu pela leitura :)

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no por um punhado eu pego um café e o bolinho de aipim com queijo. quentinho e derretendo

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Preciso provar esse bolinho qualquer hora. Valeu pela dica!

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Verdade verdadeira. Quase 10 entre 10 vezes em que entro numa livraria aqui da cidade procurando por um livro, não tem. Uma livraria bem grande, com estantes do chão ao teto e em toda a loja abarrotada de livros nunca tem nada... eu vivo me perguntando... que curadoria é essa?

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Me parece mesmo uma pergunta fundamental.

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Adorei o texto. Foi um alívio ler tudo isso. Essa realidade de uma legião de leitores lendo e recomendando as mesmas coisas me incomoda muito, mas evito manifestar esse incômodo. Geralmente as pessoas recebem essa queixa como um sinal de que você quer se colocar numa posição superior de leitor, mas não é isso. Dentro das minhas relações de amizade eu já tentei muita coisa pra seduzir as pessoas pra livros que eu acho que merecem mais leitores, mas confesso que estou cansado de estratégias. Nada funciona. As pessoas realmente querem ler o que uma infinidade de resenhas insossas e repetitivas estão dizendo que é bom. Mas o que me incomoda mais é pensar que geralmente esse público do hype só consegue apreciar um livro se ele já vem com uma chancela, com um selo de qualidade. Ou seja, a opinião de leitura deles já está construída, ou ao menos preparada, antes da primeira página ser lida. Fico triste com a possibilidade de que essas pessoas só enxerguem a beleza de um texto se há quem esteja apontando ela. Quer dizer, me pergunto se essas pessoas de fato leem, se de fato têm uma experiência pessoal com esses textos. Abraço!

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Valeu, Ubiratan.

E você levanta pontos importantes, cara. Destaco: "Geralmente as pessoas recebem essa queixa como um sinal de que você quer se colocar numa posição superior de leitor, mas não é isso". Parece que sempre há um policiamento contra quem tentar mostrar o que há fora da bolha, né!?

Abração

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Você conseguiu destrinchar bem o cenário nesses poucos parágrafos. Que beleza de texto!

No final das contas é mesmo mais fácil seguir na mesma direção que todos os outros do que aventurar-se a descobrir as coisas por si mesmo. Infelizmente.

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Obrigado, Jales.

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