E fazer isso sem cair em discursos arrogantes ou elitistas.
O melhor último paragrafo da história da literatura é o do conto "A causa secreta" Machado de Assis.
"Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver; mas
então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam
conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e
irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranqüilo
essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente
longa." Perfeito. Evidentemente é necessário ler o conto para entender o sublime do paragrafo.
“Meu Deus! Um minuto inteiro de deleite! Por acaso isso não basta para toda uma vida humana?..”
O que mais me marcou! Dostoiévski - Noites Brancas
Não tenho certeza se é a frase final mas está no epílogo de Todos os homens são mortais, da Beauvoir "..ela permanecia tal qual ele a fizera: uma folha de erva, um mosquito, uma formiga, um pouco de espuma”.
Não tenho um final favorito, vou citar apenas um: o final do conto Natal na barca, de Lygia Fagundes Telles:
"Duas vezes voltei-me ainda para ver o rio. E pude imaginá-lo como seria de manhã cedo: verde e quente. Verde e quente."
Gostei demais das tuas reflexões. É tão comum encontrar discursos arrogantes sobre esse assunto, tenho até evitado ler e conversar a respeito
árdua a tarefa de conquistar leitores em um país com tantas mazelas, mas absolutamente necessária.
Parece-me que o desafio em nosso país é formar leitores/as. Ponto. Se forem bons, melhor ainda!
As estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda chance sobre a terra.
Respondendo a sua pergunta sobre finais: trago o seguinte:
"Todos Nós Adorávamos Caubóis", última frase do livro de mesmo nome que a da frase, lançado pela maravilhosa Carol Bensimom.
Conquistar leitores é meu desafio de vida - e nem falo leitores do que escrevo. Simbora!
Amém, mái broda.
O melhor último paragrafo da história da literatura é o do conto "A causa secreta" Machado de Assis.
"Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver; mas
então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam
conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e
irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranqüilo
essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente
longa." Perfeito. Evidentemente é necessário ler o conto para entender o sublime do paragrafo.
“Meu Deus! Um minuto inteiro de deleite! Por acaso isso não basta para toda uma vida humana?..”
O que mais me marcou! Dostoiévski - Noites Brancas
Não tenho certeza se é a frase final mas está no epílogo de Todos os homens são mortais, da Beauvoir "..ela permanecia tal qual ele a fizera: uma folha de erva, um mosquito, uma formiga, um pouco de espuma”.
Não tenho um final favorito, vou citar apenas um: o final do conto Natal na barca, de Lygia Fagundes Telles:
"Duas vezes voltei-me ainda para ver o rio. E pude imaginá-lo como seria de manhã cedo: verde e quente. Verde e quente."
Gostei demais das tuas reflexões. É tão comum encontrar discursos arrogantes sobre esse assunto, tenho até evitado ler e conversar a respeito
árdua a tarefa de conquistar leitores em um país com tantas mazelas, mas absolutamente necessária.
Parece-me que o desafio em nosso país é formar leitores/as. Ponto. Se forem bons, melhor ainda!
As estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda chance sobre a terra.
Respondendo a sua pergunta sobre finais: trago o seguinte:
"Todos Nós Adorávamos Caubóis", última frase do livro de mesmo nome que a da frase, lançado pela maravilhosa Carol Bensimom.
Conquistar leitores é meu desafio de vida - e nem falo leitores do que escrevo. Simbora!
Amém, mái broda.