21 Comentários

O melhor último paragrafo da história da literatura é o do conto "A causa secreta" Machado de Assis.

"Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver; mas

então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam

conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e

irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranqüilo

essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente

longa." Perfeito. Evidentemente é necessário ler o conto para entender o sublime do paragrafo.

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Ótimo!

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“Meu Deus! Um minuto inteiro de deleite! Por acaso isso não basta para toda uma vida humana?..”

O que mais me marcou! Dostoiévski - Noites Brancas

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Muito bom.

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Há muito elitismo no mundo da literatura. Estamos longe de promover, com simplicidade e desenvoltura, tarefas em torno do livro, da leitura e da literatura.

Escrevo, sou editor, tenho um programa de incentivo de leitura e produção textual (Livro-Carta-Mural), que hoje divulgo dizendo tratar-se de um conjunto de estratégias e recursos que se utiliza de material PEDAGÓGICO-LITERÁRIO. O povo da Pedagogia, mais modesto, assimila tranquilamente o essencial do mundo literário. O mesmo não posso afirmar do povo da Literatura, que torce o nariz para o pedagógico e se sente "artista" (a generalização não pretende fazer uma inclusão total, obviamente, mas chamar a atenção!).

O caminho para as citadas tarefas (livro/leitura/literatura) passa pelas escolas, pelos presídios, pelas associações de moradores e outros espaços em que pessoas menos privilegiadas, em todos os sentidos, estejam. Enfim, temos muito chão a percorrer!

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Muito mesmo, Abel.

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Não tenho certeza se é a frase final mas está no epílogo de Todos os homens são mortais, da Beauvoir "..ela permanecia tal qual ele a fizera: uma folha de erva, um mosquito, uma formiga, um pouco de espuma”.

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Não tenho um final favorito, vou citar apenas um: o final do conto Natal na barca, de Lygia Fagundes Telles:

"Duas vezes voltei-me ainda para ver o rio. E pude imaginá-lo como seria de manhã cedo: verde e quente. Verde e quente."

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Gostei demais das tuas reflexões. É tão comum encontrar discursos arrogantes sobre esse assunto, tenho até evitado ler e conversar a respeito

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Valeu, Fernanda!

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árdua a tarefa de conquistar leitores em um país com tantas mazelas, mas absolutamente necessária.

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Exato.

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Parece-me que o desafio em nosso país é formar leitores/as. Ponto. Se forem bons, melhor ainda!

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São movimentos complementares.

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As estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda chance sobre a terra.

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Respondendo a sua pergunta sobre finais: trago o seguinte:

"Todos Nós Adorávamos Caubóis", última frase do livro de mesmo nome que a da frase, lançado pela maravilhosa Carol Bensimom.

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Boa!

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Conquistar leitores é meu desafio de vida - e nem falo leitores do que escrevo. Simbora!

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Sigamos :)

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Amém, mái broda.

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