Já vi muito escritor fechar em definitivo a gaveta com seu original por não ter ficado entre os finalistas ou ganhadores de determinado prêmio. É meio triste, compreendo até a frustração, mas é preciso ter a consciência de que concursos pra inéditos é um ótimo caminho, mas é um dos muitos, e de que a carreira de um livro não morre quando não sai na lista de um prêmio (nem necessariamente se impulsiona quando fica finalista de um). Ótimo texto.
Para mim, os prêmios têm um único significado: o que escrevo é razoavelmente bom. Acredito que todo escritor tem essa dúvida, então submeter um texto a um edital e ter reconhecimento dá esse gás!
Exato, Rodrigo. Os "despremiados" Fitzgerald, Hemingway, Nabokov e tantos outros estão aí para comprovar sua tese... Isso sem falar naqueles que não ganharam nem prêmio nem dinheiro... :)
O meu primeiro livro foi fruto de um prêmio nacional para originais: “Melhor Livro de Contos do Prêmio Tal”, quando eu nem sabia que sabia escrever.
O livro teve carreira curta e modesta. A editora, um órgão federal, não distribuiu tanto, não divulgou tanto, não vendeu tanto; acabou que o livro ficou meio que entre amigos, só uma promessa da carreira que poderia ter tido.
Pior do que isso, o prêmio de “MELHOR” foi um enorme peso para a escrita do livro seguinte, que não poderia ser menos do que “O MELHOR”. Tanto que fugi do gênero e publiquei outros dois (mas um também foi finalista de prêmio).
Agora finalmente venci a vergonha das premiações e estou lançando outro livro de contos. Que ele encontre, mais do que tudo, leitores.
que texto importante, Rodrigo. Por um lado é triste saber que, se um dia ganharmos um prêmio, ele provavelmente não mudará nossa vida de um jeito radical (hahah), mas é aliviante recordar que isso não é tudo também. Que livros bons não necessariamente ganham prêmios, mas podem continuar sobrevivendo por anos sem estatuetas.
Já vi muito escritor fechar em definitivo a gaveta com seu original por não ter ficado entre os finalistas ou ganhadores de determinado prêmio. É meio triste, compreendo até a frustração, mas é preciso ter a consciência de que concursos pra inéditos é um ótimo caminho, mas é um dos muitos, e de que a carreira de um livro não morre quando não sai na lista de um prêmio (nem necessariamente se impulsiona quando fica finalista de um). Ótimo texto.
Valeu, Tiago. Triste mesmo alguém que se engavete dessa forma.
Eu ia comentar isso mas você meu amigo já expressou muito melhor do que eu conseguiria hehehe
Para mim, os prêmios têm um único significado: o que escrevo é razoavelmente bom. Acredito que todo escritor tem essa dúvida, então submeter um texto a um edital e ter reconhecimento dá esse gás!
Exato, Rodrigo. Os "despremiados" Fitzgerald, Hemingway, Nabokov e tantos outros estão aí para comprovar sua tese... Isso sem falar naqueles que não ganharam nem prêmio nem dinheiro... :)
Pô, mas o Hemingway levou até o Nobel rs
Putz! Um typo. Onde se lê Hemingway leia-se Henry James :)
O meu primeiro livro foi fruto de um prêmio nacional para originais: “Melhor Livro de Contos do Prêmio Tal”, quando eu nem sabia que sabia escrever.
O livro teve carreira curta e modesta. A editora, um órgão federal, não distribuiu tanto, não divulgou tanto, não vendeu tanto; acabou que o livro ficou meio que entre amigos, só uma promessa da carreira que poderia ter tido.
Pior do que isso, o prêmio de “MELHOR” foi um enorme peso para a escrita do livro seguinte, que não poderia ser menos do que “O MELHOR”. Tanto que fugi do gênero e publiquei outros dois (mas um também foi finalista de prêmio).
Agora finalmente venci a vergonha das premiações e estou lançando outro livro de contos. Que ele encontre, mais do que tudo, leitores.
Ainda tem essa questão do peso mesmo, que pega para muita gente.
sou inevitavelmente hiperbólico no cálculo de porcentagens cabalísticas. kkkk
Muito bom esse papo sobre prêmios
O melhor é ao ter expectativa nenhuma e seguir trabalhando. Adorei a News ♥️
Melhor mesmo, Dia. Valeu!
que texto importante, Rodrigo. Por um lado é triste saber que, se um dia ganharmos um prêmio, ele provavelmente não mudará nossa vida de um jeito radical (hahah), mas é aliviante recordar que isso não é tudo também. Que livros bons não necessariamente ganham prêmios, mas podem continuar sobrevivendo por anos sem estatuetas.
Valeu, Deborah! Apostaria que a maioria dos grandes livros não recebeu prêmio algum.
Numa época em que tudo é pra ontem, muito bom você trazer lucidez sobre os atalhos ao sucesso.
Valeu, Luís!
calibrar as expectativas é o mais difícil…
Obrigado por divulgar a cobertura das Olimpíadas, meu caro! 🖤
Sucesso por aí!
Esse seu texto casa perfeitamente com um conto do Bolaño chamado “Sensini”, já leu?
Acho que não, Eliz. Está em qual livro?
Está no Chamadas Telefônicas, é o primeiro conto. Estava lendo o livro quando li o seu texto por isso estava fresquinho na cabeça kkkk
Gracias! Acho que tenho esse livro por aqui. Vou procurar.
Não vamos nem comentar os critérios "técnicos" para alguns integrantes da ABL, né?
Ótimo, Rodrigo. Em terra de cegos, quem tem meio olho de sensatez é rei. 100% de acordo com texto.
Ah não, 100% é muito.