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Oi, Rodrigo! Tudo bem?

Li sua news numa tacada só e vou escrever do mesmo jeito, pra não perder a empolgação. Sou livreira numa cidade do interior de São Paulo e tenho pensado muito a respeito disso também. E, conversando com um editor de uma editora pequena de títulos infantojuvenis a respeito da ideia minha e de alguns produtores culturais locais sobre fazer uma feira do livro aqui, ele foi bem sincero: "não devia dizer isso, mas acho que as feiras estão tirando o espaço fundamental de vocês livreiros. As editoras, ao participarem dessas feiras, tomam este espaço de venda direta que seria de vocês. Tentar fortalecer as livrarias de rua seria sim um movimento muito mais interessante". E isso me fez repensar esse lado das feiras. Porque acho, aí puxando a sardinha pro meu lado, que as livrarias de rua têm de fato um papel super importante para angariar e fidelizar leitores, é onde eles podem não só comprar (como acontece numa feira), mas receber orientações, trocar impressões, e voltar sempre que quiser. Vejo por mim, minha livraria não é fixa, é itinerante e só trabalho com títulos infantojuvenis, e tenho prezado por escolher editoras menores, com um trabalho mais cuidadoso, e vejo que há sim público para isso, e não só de crianças, acabo vendendo muito para adultos que conseguem, como eu, ver nesses títulos um trabalho primoroso de texto e arte. E isso só é possível porque na livraria, temos tempo de conversa, é clima de restaurante a la carte e não fast food de praça de alimentação. Enfim, ótimo ponto levantado e agradeço demais por usar seu palanque para levantar tais discussões. Um abraço!

Isis

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Avatar de ZeCarlos

Além das filas de bienais e recorde de vendas de alguns autores, me chama a atenção a quantidade de gente falando (e mostrando fotos) das pilhas de livros "lidas no mês". Para algumas pessoas, ler virou uma competição que precisa de posts comemorativos.

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