Leio mt e desisto mt tbm, mas pq eu arrisco e começo leituras mt fora da minha zona de conforto. Ás vezes funciona e eu descubro algo novo e incrível e outras vezes não, mas vale o risco, só fico triste pelo dinheiro gasto, mas acabo passando o livro pra alguém que possa gostar. "Se já perdeu dinheiro, lamente-se, mas que não perca também o seu tempo." é algo q vou levar pra vida e repassar pros meus amigos.
Eu prefiro abandonar um livro que eu não estou gostando pra tentar pegar ele de novo pra ler depois de alguns meses, do que ir me arrastando numa leitura e só ir pegando ranço do livro (e às vezes do autor). Odeio me sentir na obrigação de "preciso terminar esse livro". Às vezes o livro não é ruim, é a gente não tá na vibe pra ler ele naquele momento. Mas outras vezes o livro só é ruim mesmo.
Costumo dizer que ler um livro é ter uma conversa com alguém que acabou de conhecer. Tem gente que fala coisas muito interessantes de um jeito chato, tem gente que fala coisas inúteis de um jeito incrível, e tem gente que fala coisas incríveis de um jeito incrível. Esse último é o mais difícil de encontrar, mas os três proporcionarão uma boa conversa, dependendo do dia e do lugar.
Ja abandoneu alguns. Ainda sou uma leitora bem mequetrefe. Mas tenho muita vontade de ler cada vez mais. O mais recente que abandonei foi Sapiens, tentei por mais de 3 meses. Desisti nas ultimas 100 paginas. Não deu.
Respondendo à pergunta, já fui a leitora que insistiu demais. Duas coisas ocorriam: ou eu descobria que precisava vencer a barreira "só leio se for do meu jeito" ou acabava pegando ranço dos livros. Quando isso começou a acontecer com escritoras e escritores que adoro (Toni Morrison e Philip Roth, por exemplo) percebi a importância de abandonar a leitura para retornar em outro momento da vida. Leituras dizem muito sobre o quando estamos em nossas vidas e é a linda coincidência que tornam os livros tão marcantes para nós.
Antes eu era teimosa em largar livros, mas agora sou mais tranquila em deixar na metade se não me agradar. Eu gostava de escolher livros simplesmente pelo título, capa e breve descrição da história na parte de trás do livro. Fiz leituras excelentes assim. Mas não é um método muito ortodoxo.
Não diria que sou do time “pé na bunda”, mas sou de um time “de degustação”, normalmente pego o livro sem compromisso, passo os primeiros dias lendo e se após esse contato inicial eu não estiver ativamente com vontade de ler aquele livro (e só estiver lendo pq é hábito, tá na rotina), eu deixo de molho pra rever em algum momento (seja para ler ou desapegar). Quanto menos tempo tenho pra ler (e esse tempo parece diminuir a cada ano), mais tenho me tornado um “leitor de acordo com o humor” e esse tem sido meu guia para selecionar melhor o livro que vai me acompanhar, gosto muito quando o livro “chama” a gente, implora mesmo pra ser lido te bombardeando nos momentos mais inesperados, eles geralmente proporcionam uma boa conversa.
O recurso de pegar uma amostra talvez seja a melhor coisa do formato digital (sei que há no Kindle, nao sei se outros vendedores do ramo oferecem). Lendo um trecho longo não tem como você não formar uma opinião e, se for o caso de uma obra irresistível, comprar.
É muito difícil eu abandonar um livro. Principalmente um clássico. Li no começo do ano o primeiro volume do Em busca do tempo perdido e foi uma árdua tarefa. Não sei se consigo encarar o segundo.
Sou leitora desde a infância. E não por influência direta dos meus pais, que não tinham o hábito de ler, embora valorizassem os livros. Depois que fiz 50 anos (sou do time do Gustavo) me dedico a um "projeto literário" informal: leio praticamente tudo o que me cai em mãos. Quase não compro livros novos, somente usados e faço trocas com amigos. Raramente abandono um livro, mas quando o faço é certo que vou resgatá-lo um tempo depois: cada livro tem o tempo certo para ser lido. Um exemplo? Joyce. Ficou anos na minha estante. Um dia resolvi lê-lo e encantei-me com a genialidade do autor. Acho que é isso.
Já abandonei livros sem dó, outros deixei de lado para ler coisas mais interessantes e tentar retomar em outro momento (algumas leituras "difíceis" tem a ver com momentos de vida, maturidade, vivências). Para mim que leio muito, nunca foi um problema encontrar o que ler, mas priorizar as leituras no mar de livros que compro todos os meses (principalmente depois de me tornar autora de poesia independente, porque aí tenho que ler todos os colegas poetas contemporâneos também...)
Uma coisa que eu tenho gostado para expandir meu universo livresco é participar de clubes de leitura. Primeiro comecei com os clubes de assinatura, em que todo mês chegava um livro surpresa, que às vezes agradava, outras não. Mais recentemente passei para os clubes de leitura raiz, com encontros mensais em que elegemos livros ligados ao tema do clube (só de autoras, no caso do Leia mulheres, e só de poesia, no caso do Casa de Poetas). O legal da leitura compartilhada é poder conversar sobre o livro, e mesmo se não gostar, ter esse espaço seguro pra dizer com tranquilidade que o livro não lhe caiu bem, não é sua praia. Enfim, eu gosto. :)
Sou incapaz de largar um livro (ou filme, ou série...) sem terminar, mesmo que seja ruim. Vai que na última linha da última página tudo faz sentido? ;)
Eu não lembro do último livro que abandonei, porque realmente não o faço. Mas aí acelero a leitura, quero entender o que tá rolando, mesmo se achei ruim, o porquê. Deixo o meu tempo com maior dedicação para os livros pelos quais ou me apaixono ou me intrigam pelo encantamento com o modo como utilizam a linguagem, o como a história é contada. Tenho me incomodado, desnecessariamente, com a contabilidade de livros lidos, fenômeno que se alastrou nas redes sociais. Acho que essa acaba virando mais um elemento distintivo social superficial, mas daí é pentelhacao da minha parte também. Quanto ao modo como escolho, indicação de leitores amigos (confiáveis), por autor, tema, citação em outro livro.
sou do time pé na bunda e meu argumento é: tem muito mais livros bons pra ler do que tempo de vida pra perder tempo com livro ruim.
Com certeza.
Leio mt e desisto mt tbm, mas pq eu arrisco e começo leituras mt fora da minha zona de conforto. Ás vezes funciona e eu descubro algo novo e incrível e outras vezes não, mas vale o risco, só fico triste pelo dinheiro gasto, mas acabo passando o livro pra alguém que possa gostar. "Se já perdeu dinheiro, lamente-se, mas que não perca também o seu tempo." é algo q vou levar pra vida e repassar pros meus amigos.
Até pq, dinheiro uma hora a gente arruma de novo, já tempo...
Eu prefiro abandonar um livro que eu não estou gostando pra tentar pegar ele de novo pra ler depois de alguns meses, do que ir me arrastando numa leitura e só ir pegando ranço do livro (e às vezes do autor). Odeio me sentir na obrigação de "preciso terminar esse livro". Às vezes o livro não é ruim, é a gente não tá na vibe pra ler ele naquele momento. Mas outras vezes o livro só é ruim mesmo.
Muitas vezes é só ruim mesmo rs
Costumo dizer que ler um livro é ter uma conversa com alguém que acabou de conhecer. Tem gente que fala coisas muito interessantes de um jeito chato, tem gente que fala coisas inúteis de um jeito incrível, e tem gente que fala coisas incríveis de um jeito incrível. Esse último é o mais difícil de encontrar, mas os três proporcionarão uma boa conversa, dependendo do dia e do lugar.
Boa!
Ja abandoneu alguns. Ainda sou uma leitora bem mequetrefe. Mas tenho muita vontade de ler cada vez mais. O mais recente que abandonei foi Sapiens, tentei por mais de 3 meses. Desisti nas ultimas 100 paginas. Não deu.
E ainda insistiu bem, hein!?
Respondendo à pergunta, já fui a leitora que insistiu demais. Duas coisas ocorriam: ou eu descobria que precisava vencer a barreira "só leio se for do meu jeito" ou acabava pegando ranço dos livros. Quando isso começou a acontecer com escritoras e escritores que adoro (Toni Morrison e Philip Roth, por exemplo) percebi a importância de abandonar a leitura para retornar em outro momento da vida. Leituras dizem muito sobre o quando estamos em nossas vidas e é a linda coincidência que tornam os livros tão marcantes para nós.
Ótimo que encontrou seu caminho, Suellen!
Antes eu era teimosa em largar livros, mas agora sou mais tranquila em deixar na metade se não me agradar. Eu gostava de escolher livros simplesmente pelo título, capa e breve descrição da história na parte de trás do livro. Fiz leituras excelentes assim. Mas não é um método muito ortodoxo.
Não mesmo, mas deve render boas (e más também, claro) surpresas.
Não diria que sou do time “pé na bunda”, mas sou de um time “de degustação”, normalmente pego o livro sem compromisso, passo os primeiros dias lendo e se após esse contato inicial eu não estiver ativamente com vontade de ler aquele livro (e só estiver lendo pq é hábito, tá na rotina), eu deixo de molho pra rever em algum momento (seja para ler ou desapegar). Quanto menos tempo tenho pra ler (e esse tempo parece diminuir a cada ano), mais tenho me tornado um “leitor de acordo com o humor” e esse tem sido meu guia para selecionar melhor o livro que vai me acompanhar, gosto muito quando o livro “chama” a gente, implora mesmo pra ser lido te bombardeando nos momentos mais inesperados, eles geralmente proporcionam uma boa conversa.
“leitor de acordo com o humor” é uma boa :)
Fui ouvir o episódio sobre o Bolaño por causa dessa newsletter =)
Que bom :)
O recurso de pegar uma amostra talvez seja a melhor coisa do formato digital (sei que há no Kindle, nao sei se outros vendedores do ramo oferecem). Lendo um trecho longo não tem como você não formar uma opinião e, se for o caso de uma obra irresistível, comprar.
Já me ajudou muito também.
É muito difícil eu abandonar um livro. Principalmente um clássico. Li no começo do ano o primeiro volume do Em busca do tempo perdido e foi uma árdua tarefa. Não sei se consigo encarar o segundo.
Talvez em outro momento da vida a leitura do segundo seja bem mais prazerosa do que foi a do primeiro.
Já abandonei alguns. Concordo com você: a vida é muita curta pra perder tempo com livro que a gente não tá curtindo.
:)
Sou leitora desde a infância. E não por influência direta dos meus pais, que não tinham o hábito de ler, embora valorizassem os livros. Depois que fiz 50 anos (sou do time do Gustavo) me dedico a um "projeto literário" informal: leio praticamente tudo o que me cai em mãos. Quase não compro livros novos, somente usados e faço trocas com amigos. Raramente abandono um livro, mas quando o faço é certo que vou resgatá-lo um tempo depois: cada livro tem o tempo certo para ser lido. Um exemplo? Joyce. Ficou anos na minha estante. Um dia resolvi lê-lo e encantei-me com a genialidade do autor. Acho que é isso.
Também acho que é por aí mesmo. A história da minha leitura de Cem Anos de Solidão se fez ao longo de mais de década.
Eu também demorei um tempão pra embalar nos Cem Anos. Comecei umas 5x e não prosseguia. Daí de repente, foi. E foi bonito.
Ótimo que persistiu tb.
Já abandonei livros sem dó, outros deixei de lado para ler coisas mais interessantes e tentar retomar em outro momento (algumas leituras "difíceis" tem a ver com momentos de vida, maturidade, vivências). Para mim que leio muito, nunca foi um problema encontrar o que ler, mas priorizar as leituras no mar de livros que compro todos os meses (principalmente depois de me tornar autora de poesia independente, porque aí tenho que ler todos os colegas poetas contemporâneos também...)
Uma coisa que eu tenho gostado para expandir meu universo livresco é participar de clubes de leitura. Primeiro comecei com os clubes de assinatura, em que todo mês chegava um livro surpresa, que às vezes agradava, outras não. Mais recentemente passei para os clubes de leitura raiz, com encontros mensais em que elegemos livros ligados ao tema do clube (só de autoras, no caso do Leia mulheres, e só de poesia, no caso do Casa de Poetas). O legal da leitura compartilhada é poder conversar sobre o livro, e mesmo se não gostar, ter esse espaço seguro pra dizer com tranquilidade que o livro não lhe caiu bem, não é sua praia. Enfim, eu gosto. :)
Clubes de leitura são mesmo uma boa.
Sou incapaz de largar um livro (ou filme, ou série...) sem terminar, mesmo que seja ruim. Vai que na última linha da última página tudo faz sentido? ;)
Eu não lembro do último livro que abandonei, porque realmente não o faço. Mas aí acelero a leitura, quero entender o que tá rolando, mesmo se achei ruim, o porquê. Deixo o meu tempo com maior dedicação para os livros pelos quais ou me apaixono ou me intrigam pelo encantamento com o modo como utilizam a linguagem, o como a história é contada. Tenho me incomodado, desnecessariamente, com a contabilidade de livros lidos, fenômeno que se alastrou nas redes sociais. Acho que essa acaba virando mais um elemento distintivo social superficial, mas daí é pentelhacao da minha parte também. Quanto ao modo como escolho, indicação de leitores amigos (confiáveis), por autor, tema, citação em outro livro.
Essa contabilidade de livros lidos me parece ir no sentido oposto da essencial da própria leitura.