28 Comentários

Gostei muito do texto, Rodrigo. Dois tostões sobre o assunto:

Escrever sobre a obra de alguém oferece uma leitura para aquilo que foi feito. Uma outra camada ao texto. Como leitor, aprendi muito lendo crítica de arte em geral.

Já sobre a grosseria, tenho a impressão que, na atualidade, ela perdeu um pouco de espaço. Ficaram só alguns que já não tem tanto estilo, que mais parecem cópias esquisitas do passado. Por outro lado, o excesso de cuidados na análise - medo de magoar amigos, de perder convites, de perder o espaço ou irritar fãs? - criou certa ideia de crítica que nada tem de interlocução.

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Valeu, Rafael!

Esse aspecto de novas camadas do texto tem tudo a ver com o que o João Cezar fala no vídeo dele, né!?

E concordo contigo com esse zelo excessivo por conta da amizade e de interesses cruzados. É um problema que existe.

Valeu pela leitura. Abração

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Ufa. Finalmente alguém falou. A critica da Ligia abriu as porteiras para um monte de idiota (a culpa não é dela, a crítica é ótima e contundente)

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Fato. Ela não tem nada a ver com o que fizeram a partir do texto dela, que é msm bom.

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Excelente texto. Uma questão que muito me incomoda na crítica atual, para além de culpar novos espaços de crítica e da rede, é o modo como a crítica absorveu o mercado.

Aqueles que se propõe leituras críticas de obras, sejam eles youtubers ou não, muitas vezes evitam ser duros com obras não por polidez mas, na real, por medo de perder o bom relacionamento com grandes editoras. Isso empobrece a coisa toda, fazendo com que muito do que é lido como crítica hoje, seja na verdade texto publicitário. Claro que espaços mais acadêmicos ainda tentar manter esse rigor, mas peçam pelo acesso.

Resumindo, a crítica, na minha opinião, precisa reaprender a lidar com o mercado, que sempre esteve ali do ladinho dela, mas hoje em dia é um cado mais agressivo do que já foi.

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É um problema que de fato existe, Rafael. E acrescento uma outra camada à questão: a parcela do público que parece gostar mais de algum oba oba qualquer do que de um olhar mais crítico para os livros (ou filmes, séries...).

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Provas desse oba oba é que vivemos num país em que a palavra acadêmico tornou-se sinônimo de chato e universitário virou alcunha para música de balada (nem vou me referir ao gênero específico).

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Perdão pelas incorreções do corretor automático gente!!

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Aprendi com um chefe que toda crítica (ou feedback, como o povo teima em dizer no mundo corporativo) tem que ser duro com o trabalho (não necessariamente ruim, mas rigoroso) e suave com a pessoa (não necessariamente complacente, mas com a clareza de que ninguém é determinado por uma única entrega).

O rigor (não no nível do Romulo Castelo, no livro do Gallo) é muito importante para a evolução, mas daí a ser um babaca tem uma longa estrada.

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Me parece ser por aí mesmo, Gabriel. Valeu!

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eu suspeito que o movimento OwnVoices tenha um papel grande no modo como o público mais jovem está acompanhando crítica literária hoje. talvez seja uma questão a ser olhada com mais profundidade. gostei muito do texto, entendo que há uma crise. mas me pergunto o quanto a gente anda disposto a olhar para origem dessa crise, que faz parte da crise política, institucional, identitária etc etc (estou pensando mil coisas depois te ler)

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Há muito a se pensar e discutir mesmo. Mas o público que só quer oba oba me parece ser parte relevante da questão.

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Adorei pensar por outros ângulos 👏

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Que bom :)

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Devo dizer que esse Dandara, do Café di Preto, é uma boa pedida, viu? E nada como um coado de respeito!

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Nunca tomei o café deles. Irei atrás. Valeu!

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Ser lida com atenção é um privilégio, entendo a crítica como a ferramenta que permite esse olhar.

E gente babaca é gente babaca, vale aprender essa distinção. Obrigada pelo texto, 🍀

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Valeu, Paula. E importante mesmo não perder muita energia com gente babaca.

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Oi Rafael! Mas esse substack Notes tá legal demais. Topei com sua newsletter e gostei muito! Tô fazendo uma disciplina sobre crítica (numa pós graduacao de escrita) e vou compartilhar seu texto com meus colegas, achei muito interessante sua perspectiva sobre a crítica construtiva. Também adorei a indicação da Arte da Palavra ♡

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Legal que curtiu, Luísa. Obrigado.

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Obrigada por esse ponto de vista ;)

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Rodrigo, qual o seu temor pelo inédito de Garcia Marquez? Que nao estivesse concluído e lançam somente visando o ganho financeiro que terão?

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Isso, Glauco. Ou que estivesse concluído, mas, ainda assim, o autor tivesse optado por não publicá-lo.

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Excelente texto. Temos tantos exemplos, não apenas na literatura, no mundo corporativo chovem críticas "construtivas" feitas com aquele ar complacente...

Acredito que a proliferação de youtubbers está comprometendo a credibilidade de quem leva crítica à sério, e neste caso me refiro sim à Literatura.

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Gracias, Lena!

Posso imaginar esse horror corporativo.

Quanto aos youtubers, prefiro não julgá-los como categoria monolítica. Acho os problemas e as eventuais virtudes que encontramos pela plataforma também aparecem em outras mídias.

Abração, bom final de semana :)

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Você é muito elegante, bom final de semana.

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