Concordo muito com a questão de que é possível fazer publicidade, desde que fique claro que trata-se de um conteúdo pago. E o mesmo deve ser feito com uma crítica (usar a palavra "crítica" pressupõe um conteúdo autoral). E até mesmo recomendações espontâneas devem vir com reforço da informação de que "não é publicidade". A ética está na transparência.
Fiquei chocada com a história. Não por ela ter cobrado a resenha, mas por ter feito da forma que fez. Conheço profissionais que fazem publicada de livro que são super competentes e honestas. Acho válido. Mas sim, tem muita gente picareta nesse negócio que faz um texto base de adulação pra tudo quanto é livro. E no final, parece que o que alguns autores querem é isso mesmo, adulação.
Não há como não se absurdar com essa historinha, acredito que as coisas modificam, evoluem, se reinventam, mas compostura deveria manter-se como pré requisito 🤣
Do mais, mantenha a transparência para que a gente saiba que está diante de opiniões reais e límpidas.
Surreal essa história da cobrança. Se a moda pega, ninguém mais fala mal de coisa alguma. Eu continuo na grande imprensa que já não é grande faz tempo. Mas o futuro de quem escreve sobre cultura me parece ser a newsletter assinada mesmo. Algo com conteúdo free e plus pago, como alguns colegas tem feito por aqui. O problema, a meu ver, é financiar tanto conteúdo bacana que tem surgido para ler, ouvir e assistir. A grana tá curta dos dois lados. Porque além do “passaralho”, ainda existe o “ficaralho”, em que o trabalho passa a ser acumulado por quem resta.
Achei muita cara de pau, apresentar a fatura de um serviço que não foi pedido. Acho até razoável que um escritor em começo de carreira (o que não é o teu caso) pague por uma resenha, mas, mesmo assim, haveria que se ser transparente quanto a ser uma resenha paga, e o preço e o escopo da resenha teriam que ser combinados antes, como parte da estratégia de marketing da obra.
Eu tô chocada com a proposta da pessoa, de publicar primeiro e cobrar depois. Talvez seja um modelo de negócio que existe mesmo? Que doidera! Sobre publis, aquela coisa: problema não tem, foda é encontrar os que vale a pena fazer.
Eu normalmente comento ('de grátis') os livros e filmes que leio/assisto e gosto nas minhas redes sociais. Os que não gosto, ficam de lado - sem resenha. O fato de eu não gostar do livro não me dá o direito de estender meu achismo a quem me lê. Posso até comentar de uma diagramação que não funciona (li um que as páginas são rosa e as letras um marrom cocô e espaçamento simples, que descumprem totalmente a função de facilitar a vida de quem lê à luz de abajur e usa óculos; outro com páginas de leitura noturna - folhas pretas e letras cinza - só esqueceu que o papel é fosco e os trechos assim ficaram ilegíveis, diferente da função no kindle, por exemplo). Quanto aos filmes, aviso aos seguidores que meu gosto é peculiar (vejo de filmes de natal a documentários sobre formigas). Concordo com o Daniel, vou passar a informar que não faço publicidade.
Totalmente sem noção a 'formadora de opinião literária' citada, mas me lembrei de vários colunistas sociais que utilizaram (se ainda não o fazem) o método. Citavam um evento X e depois mandavam o boleto...
Me lembrei de quando, lá em 2010, a corrida era por manter conteúdo fresco nos blogs para chamar atenção das editoras. Na ocasião saiu uma resenha elogiosa de um livro meu. Livro esse que ainda não existia nem nas livrarias nem nas mãos de ninguém. Uma leitura inventada. Ao menos não me mandaram fatura.
Infelizmente esse golpe da resenha paga anda bem difundido na praça. E os alvos costumam ser justo os autores independentes, que se desdobram para não ter prejuízo com as publicações (lucro nem se fala) e ainda têm que lidar com essas surpresinhas. Acho que o valor do seu trabalho e o de outros jornalistas e escritores que fazem divulgação literária está justamente na liberdade de escolher sobre o que falar e como falar. Há publis e publis, não há problema nenhum em fazer ou contratar, desde que tudo seja tratado com honestidade. Enfim. Mais um dia na vida do profissional de texto. Boa sorte com as futuras publis de vinho, e com o livro!
Acho óbvio, mas às vezes parece-me de fato preciso evidenciar o óbvio, infelizmente. E acho que este é o caso. Fez bem em expor sua opinião e suas decisões sobre o assunto. Vamos em frente.
Pois é o tipo de texto mais difícil que ha tentei fazer. Talvez porque fico me perguntando se realmente é eficaz fazê-lo. Em parte, penso que se alguém não enxerga o óbvio é porque faz muita força para se manter de olhos fechados. Daí que escrever o óbvio seria como forçar que abram os olhos, mas... Por outro lado, olho mais ao redor, e vejo muita gente simplesmente confusa no meio de tantas convicções e ações de pessoas com olhos fechados. Portanto, parece-me sim, em muitos casos, pertinente escrever o óbvio. Embora eu tenha prazer em escrever coisas menos óbvias e igualmente necessária, como lembrar que hoje, se formos acertar as contas, o 11 de setembro faz 50 anos (e não 22).
Chocada aqui também com a estratégia de escrever e depois cobrar. Trabalhei por anos com produção de conteúdo online e nunca vi algo do gênero. Beira a chantagem. (E obrigada pela indicação do “Infinito em um junco”! Estou completamente apaixonada por aqui)
Fiquei passada com a atitude da pessoa e por outro lado fico pensando se não sou muito ingênua de me espantar, pq parece que a roda tem girado desse jeitinho aí. Conheço pessoas sérias que trabalham com resenhas e entrevistas pagas, mas que o trabalho n é valorizado. :( penso que a publi pode ser sim uma saída pra sustento, desde que sinalizada. A qualidade da publi, infelizmente, a gente tem que conhecer pra não se enganar... uma linha difícil nesse marzao cheio de tubarão faminto. Obrigada pelo texto.
Concordo muito com a questão de que é possível fazer publicidade, desde que fique claro que trata-se de um conteúdo pago. E o mesmo deve ser feito com uma crítica (usar a palavra "crítica" pressupõe um conteúdo autoral). E até mesmo recomendações espontâneas devem vir com reforço da informação de que "não é publicidade". A ética está na transparência.
Valeu, Daniel! Não pretendo avisar que meu conteúdo não é publicitário a cada publicação, mas espero que os leitores compreendam isso.
sim, no seu caso não é necessário. Acredito que é algo importante para os que optam por fazer publicidade no modelo de trabalho.
Ah sim, entendi.
Fiquei chocada com a história. Não por ela ter cobrado a resenha, mas por ter feito da forma que fez. Conheço profissionais que fazem publicada de livro que são super competentes e honestas. Acho válido. Mas sim, tem muita gente picareta nesse negócio que faz um texto base de adulação pra tudo quanto é livro. E no final, parece que o que alguns autores querem é isso mesmo, adulação.
Tá cheio de autor por aí atrás (só?) de massagem no ego, viu, Dia.
Eu sei e acho uma pena. A literatura perde muito.
Não há como não se absurdar com essa historinha, acredito que as coisas modificam, evoluem, se reinventam, mas compostura deveria manter-se como pré requisito 🤣
Do mais, mantenha a transparência para que a gente saiba que está diante de opiniões reais e límpidas.
Deixa comigo, Tita :)
Surreal essa história da cobrança. Se a moda pega, ninguém mais fala mal de coisa alguma. Eu continuo na grande imprensa que já não é grande faz tempo. Mas o futuro de quem escreve sobre cultura me parece ser a newsletter assinada mesmo. Algo com conteúdo free e plus pago, como alguns colegas tem feito por aqui. O problema, a meu ver, é financiar tanto conteúdo bacana que tem surgido para ler, ouvir e assistir. A grana tá curta dos dois lados. Porque além do “passaralho”, ainda existe o “ficaralho”, em que o trabalho passa a ser acumulado por quem resta.
É aquela coisa: trabalho não falta, o que falta é remuneração.
Perfeita reflexão, querido. Eu acho que há coisas que são inegociáveis. Parabéns pela postura e seriedade de sempre.
Gracias, Wellington!
Achei muita cara de pau, apresentar a fatura de um serviço que não foi pedido. Acho até razoável que um escritor em começo de carreira (o que não é o teu caso) pague por uma resenha, mas, mesmo assim, haveria que se ser transparente quanto a ser uma resenha paga, e o preço e o escopo da resenha teriam que ser combinados antes, como parte da estratégia de marketing da obra.
Cara de pau na internet é mato rs
Com dificuldade.
Certamente. Como para uns 99% dos brasileiros rs
Eu tô chocada com a proposta da pessoa, de publicar primeiro e cobrar depois. Talvez seja um modelo de negócio que existe mesmo? Que doidera! Sobre publis, aquela coisa: problema não tem, foda é encontrar os que vale a pena fazer.
Sempre tem gente inovando no meio empresarial, né!? hahahaa
Eu normalmente comento ('de grátis') os livros e filmes que leio/assisto e gosto nas minhas redes sociais. Os que não gosto, ficam de lado - sem resenha. O fato de eu não gostar do livro não me dá o direito de estender meu achismo a quem me lê. Posso até comentar de uma diagramação que não funciona (li um que as páginas são rosa e as letras um marrom cocô e espaçamento simples, que descumprem totalmente a função de facilitar a vida de quem lê à luz de abajur e usa óculos; outro com páginas de leitura noturna - folhas pretas e letras cinza - só esqueceu que o papel é fosco e os trechos assim ficaram ilegíveis, diferente da função no kindle, por exemplo). Quanto aos filmes, aviso aos seguidores que meu gosto é peculiar (vejo de filmes de natal a documentários sobre formigas). Concordo com o Daniel, vou passar a informar que não faço publicidade.
Totalmente sem noção a 'formadora de opinião literária' citada, mas me lembrei de vários colunistas sociais que utilizaram (se ainda não o fazem) o método. Citavam um evento X e depois mandavam o boleto...
Dei risada com o "letras um marrom cocô", Giana :D
Me lembrei de quando, lá em 2010, a corrida era por manter conteúdo fresco nos blogs para chamar atenção das editoras. Na ocasião saiu uma resenha elogiosa de um livro meu. Livro esse que ainda não existia nem nas livrarias nem nas mãos de ninguém. Uma leitura inventada. Ao menos não me mandaram fatura.
Bora escrever o Resenhas de Livros Imaginários.
Infelizmente esse golpe da resenha paga anda bem difundido na praça. E os alvos costumam ser justo os autores independentes, que se desdobram para não ter prejuízo com as publicações (lucro nem se fala) e ainda têm que lidar com essas surpresinhas. Acho que o valor do seu trabalho e o de outros jornalistas e escritores que fazem divulgação literária está justamente na liberdade de escolher sobre o que falar e como falar. Há publis e publis, não há problema nenhum em fazer ou contratar, desde que tudo seja tratado com honestidade. Enfim. Mais um dia na vida do profissional de texto. Boa sorte com as futuras publis de vinho, e com o livro!
A pessoa sublinhava justamente essa questão do "autor independente".
Valeu, Luiza! Quero as publis de vinhos hahahahah
Acho óbvio, mas às vezes parece-me de fato preciso evidenciar o óbvio, infelizmente. E acho que este é o caso. Fez bem em expor sua opinião e suas decisões sobre o assunto. Vamos em frente.
Te falar, Pedro, que evidenciar o óbvio virou, em muitos casos, parte da rotina.
Pois é o tipo de texto mais difícil que ha tentei fazer. Talvez porque fico me perguntando se realmente é eficaz fazê-lo. Em parte, penso que se alguém não enxerga o óbvio é porque faz muita força para se manter de olhos fechados. Daí que escrever o óbvio seria como forçar que abram os olhos, mas... Por outro lado, olho mais ao redor, e vejo muita gente simplesmente confusa no meio de tantas convicções e ações de pessoas com olhos fechados. Portanto, parece-me sim, em muitos casos, pertinente escrever o óbvio. Embora eu tenha prazer em escrever coisas menos óbvias e igualmente necessária, como lembrar que hoje, se formos acertar as contas, o 11 de setembro faz 50 anos (e não 22).
Chocada aqui também com a estratégia de escrever e depois cobrar. Trabalhei por anos com produção de conteúdo online e nunca vi algo do gênero. Beira a chantagem. (E obrigada pela indicação do “Infinito em um junco”! Estou completamente apaixonada por aqui)
A mensagem tinha elementos mais apelativos, coisa de chantagem mesmo, mas só coloquei o cerne da coisa aqui para forcarmos no que realmente importa.
E que bom que está curtindo O Infinito, é um livro daqueles que não deveriam acabar nunca :)
Fiquei passada com a atitude da pessoa e por outro lado fico pensando se não sou muito ingênua de me espantar, pq parece que a roda tem girado desse jeitinho aí. Conheço pessoas sérias que trabalham com resenhas e entrevistas pagas, mas que o trabalho n é valorizado. :( penso que a publi pode ser sim uma saída pra sustento, desde que sinalizada. A qualidade da publi, infelizmente, a gente tem que conhecer pra não se enganar... uma linha difícil nesse marzao cheio de tubarão faminto. Obrigada pelo texto.
Valeu, Paula! São muitas nuances mesmo, daí a importância de falarmos mais sobre o assunto.
Concordo com tudo. Só lamento que não adianta querer que nao te confundam. Porque sempre vai ter quem aponta o dedo para o jornalista e diz: - Vendido
Ah, mas isso precede as redes sociais rs
Concordo contigo, em todos os aspectos do post. Nunca havia ouvido falar, aliás, em cobrança por "serviço" não solicitado.
Inovação do empresariado rs
Nova modalidade de empreendedorismo