Nos últimos dias, fiz uma conta por cima e percebi que tenho mais de cem livros não lidos acumulados aqui em casa. Mesmo assim, às vezes bate a vontade de reler aquele livro do Philip Roth ou do Thomas Pynchon que tanto adoro. A conta nunca vai fechar, mesmo...
Tenho a mesma sensação. Uma espécie de tristeza pelo que não lerei. Eu tenho mais curiosidade por autores que ainda não li (mas já estão no radar) do que por repetir autores.
Caramba, como é difícil se conformar com a impossibilidade de ler tudo o que gostaríamos 😢 Já fiquei muito noiada com isso. Mas resolvi da seguinte maneira: quando o livro não me conquista, tô largando pra lá. Coisa que nunca gostei de fazer. Mesmo desgostando eu lia até o final. But...o tempo é escasso, né.
Adorei saber da sua angústia, Rodrigo. Bom saber que tem tanta gente que sente o mesmo que eu, sinto-me menos só no hábito/vicio da leitura. Eu gosto tb de ler não ficção, então costumo ler sempre dois ao mesmo tempo, um de ficção e outro não ficção.
Cada um tem uma receita para dar conta das leituras, né. Eu leio um autor da primeira metade do século 20, outro da segunda metade, um do século 21, alternados ou todos ao mesmo tempo, variando entre escritoras e escritores. Essas leituras seguem a fluência do dia a dia, durante os vários cafés, transporte público, viagens...
Fora os compromissos de trabalho da editora. Esses têm prazo. Tenho angústia com os compromissos de leitura do trabalho [leio de duas a cinco vezes um mesmo material durante as várias fases da edição]. Mas já me acalmei com isso ao perceber que se eu tivesse disponível 30 horas diárias para a Bandeirola, mesmo assim não daria conta de tudo.
Falando em dificuldade de ler, demorei até para ler esse texto que saiu de uma conversa bacana que tive com você (e com certeza de outras tantas que você tem)!
Tenho achado um conforto imenso em ver os livros na minha parca biblioteca e poder abrir, ler frases e pensar em quando vai chegar a vez deles - inclusive, de A Biblioteca no Fim do Túnel.
Já tive essa angústia. Agora, saber que tem sempre outro livro me esperando é o que me conforta. Ele só precisa existir. É aquela certeza de ter um cobertorzinho bem quente guardado para os dias frios. Só saber isso já me acalenta. Acho que foi o Umberto Eco que disse uma vez que quem gosta de ler gosta de ter opção antes de tudo. Que gente como a gente quer ter possibilidades, por isso precisa ter cada vez mais livros na agulha, ainda que nem tudo seja lido. Pra ele, uma coleção de livros funciona como uma farmácia caseira, sempre com aquele remedinho guardado pra quando a gente precisar. A ideia é saber que o livro tá lá caso a gente precise. Topar com essas aspas dele (acho que são dele) me deixou tão em paz...
Procuro reduzir ao máximo meu tempo gasto nas redes. Nunca saio de casa sem um livro na bolsa - vai que pinta um engarrafamento - e quase sempre, pinta...rsrsrs . Se é preciso ficar na fila, livro na mão, mesmo em pé. Fico feliz quando percebo que hoje termino de ler um livro mais rapidamente do que há dez anos atrás. Acho que essas estratégias enganam um pouco a angústia... Fico com a impressão de que estou ganhando do tempo, passando ele pra trás. E, ainda, apesar da probabilidade de chegar aos cem ser pequena, penso nela como não impossível....
Eu ficaria mais triste ainda se conseguisse ler tudo o que eu quero e não houvesse nada me esperando.
Que texto bacana, Rodrigo!
Pô, seria assustador mesmo. Valeu, Raphael!
Nesse sentido eu invejo o cristão que só tem a Bíblia com referência de livro. Pelo menos é só um volume.
Isso se não levar em conta todas as variações da Bíblia, né? rs
Fazer as pazes e seguir lendo para que as pilhas se movimentem 📖
Sempre uma boa!
A angústia me bate em alguns dias. Mas principalmente para acompanhar lançamentos de alguns temas. Muito bom te ler 🧡
Valeu, Ana!
Nos últimos dias, fiz uma conta por cima e percebi que tenho mais de cem livros não lidos acumulados aqui em casa. Mesmo assim, às vezes bate a vontade de reler aquele livro do Philip Roth ou do Thomas Pynchon que tanto adoro. A conta nunca vai fechar, mesmo...
Mais de 101 livros, virtualmente, considerando o novo que sairá do Pynchon rs
Sem dúvida!
Tenho a mesma sensação. Uma espécie de tristeza pelo que não lerei. Eu tenho mais curiosidade por autores que ainda não li (mas já estão no radar) do que por repetir autores.
Conhecer novos autores ou se aprofundar no que já conhecemos? Taí assunto que rende outra edição.
Para mim, é notícia da finitude. Vamos precisar escolher bem.
Sempre.
Caramba, como é difícil se conformar com a impossibilidade de ler tudo o que gostaríamos 😢 Já fiquei muito noiada com isso. Mas resolvi da seguinte maneira: quando o livro não me conquista, tô largando pra lá. Coisa que nunca gostei de fazer. Mesmo desgostando eu lia até o final. But...o tempo é escasso, né.
Faz bem. Ainda mais se consegue sacar os motivos pelos quais não te conquistou :)
Como sei que não conseguirei ler tudo que quero, não perco tempo com leituras que não me agradam.
Sábio.
Adorei saber da sua angústia, Rodrigo. Bom saber que tem tanta gente que sente o mesmo que eu, sinto-me menos só no hábito/vicio da leitura. Eu gosto tb de ler não ficção, então costumo ler sempre dois ao mesmo tempo, um de ficção e outro não ficção.
Valeu, Graziela. Também costumo fazer essa mistura por aqui.
Cada um tem uma receita para dar conta das leituras, né. Eu leio um autor da primeira metade do século 20, outro da segunda metade, um do século 21, alternados ou todos ao mesmo tempo, variando entre escritoras e escritores. Essas leituras seguem a fluência do dia a dia, durante os vários cafés, transporte público, viagens...
Fora os compromissos de trabalho da editora. Esses têm prazo. Tenho angústia com os compromissos de leitura do trabalho [leio de duas a cinco vezes um mesmo material durante as várias fases da edição]. Mas já me acalmei com isso ao perceber que se eu tivesse disponível 30 horas diárias para a Bandeirola, mesmo assim não daria conta de tudo.
Nunca damos, né, Sandra. Não tem pra onde escapar rs
Pura verdade. Costumo dizer que, quanto mais eu leio, menos eu li.
É isso, Marcelo rs
Falando em dificuldade de ler, demorei até para ler esse texto que saiu de uma conversa bacana que tive com você (e com certeza de outras tantas que você tem)!
Tenho achado um conforto imenso em ver os livros na minha parca biblioteca e poder abrir, ler frases e pensar em quando vai chegar a vez deles - inclusive, de A Biblioteca no Fim do Túnel.
Valeu, Rodrigo!
Valeu pelo papo, Pedro! E espero que chegue a hora do meu A Biblioteca :) Abração
Já tive essa angústia. Agora, saber que tem sempre outro livro me esperando é o que me conforta. Ele só precisa existir. É aquela certeza de ter um cobertorzinho bem quente guardado para os dias frios. Só saber isso já me acalenta. Acho que foi o Umberto Eco que disse uma vez que quem gosta de ler gosta de ter opção antes de tudo. Que gente como a gente quer ter possibilidades, por isso precisa ter cada vez mais livros na agulha, ainda que nem tudo seja lido. Pra ele, uma coleção de livros funciona como uma farmácia caseira, sempre com aquele remedinho guardado pra quando a gente precisar. A ideia é saber que o livro tá lá caso a gente precise. Topar com essas aspas dele (acho que são dele) me deixou tão em paz...
Aí me lembra aquela do Jules Renard: “Quando penso em todos os livros que tenho para ler, tenho a certeza de ainda ser feliz”
Obrigado por este texto!
Talvez a graça dos livros que lemos esteja mesmo na impossibilidade de ler tudo que queremos.
Valeu, Zara!
Procuro reduzir ao máximo meu tempo gasto nas redes. Nunca saio de casa sem um livro na bolsa - vai que pinta um engarrafamento - e quase sempre, pinta...rsrsrs . Se é preciso ficar na fila, livro na mão, mesmo em pé. Fico feliz quando percebo que hoje termino de ler um livro mais rapidamente do que há dez anos atrás. Acho que essas estratégias enganam um pouco a angústia... Fico com a impressão de que estou ganhando do tempo, passando ele pra trás. E, ainda, apesar da probabilidade de chegar aos cem ser pequena, penso nela como não impossível....
Boas estratégias, Paulinho!