Há quem garanta: é balela a história de que Jesus transformou água em vinho.
Os primeiros registros da passagem indicariam que o milagre resultou numa bebida fermentada feita a partir de grãos, algo próximo da cerveja. Daí o Império Romano se apropriou do mito, mudou a base da receita milagrosa e tascou o vinho na história.
Essa importante controvérsia etílico-religiosa me levou ao primeiro livro que li de Afonso Cruz. Isso foi bem antes do português se tornar aplaudido por aqui graças ao trabalho feito pela Dublinense, principalmente. É a casa que publica títulos como “Para Onde Vão os Guarda-chuvas” e “Vamos Comprar um Poeta”, queridíssimo de muitos leitores.