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Avatar de Paulinho Assumpção

Realmente, Rodrigo, a máquina nunca conseguirá ter prazer estético ao "ler" um livro. Essa experiência ela não terá. Por outro lado, eu tenho medo de que a facilidade com que ela vai interagir com outras dimensões da obra possa levar grande parte das pessoas a não descobrir e

a não vivenciar essa dimensão subjetiva do livro. Tipo, botar a IA pra ler, interpretar, relacionar com outras obras, fazer todas as considerações e se lixar pra experiência da leitura, que ficaria cada vez mais restrita a uma minoria de pessoas. A gente sabe que a leitura de certa forma sempre foi uma atividade limitada a um número pequeno de leitores. Mas, a partir do desenvolvimento da IA, com o passar dos anos, a descoberta dessa dimensão subjetiva da leitura pelos que seriam os potenciais novos leitores pode ficar bastante afetada. O que iria restringir mais ainda o número dos que teriam uma real experiência de leitura, e por consequência um entendimento mais verdadeiro do que é a literatura. Tomara que nada disso aconteça. Mas, como professor, a possibilidade de isso acontecer bateu na minha mente. Na verdade o assunto acaba nos levando a mais longe; a temer o "esquecimento" da dimensão humana que existe em cada um de nós por parte de um número elevado de pessoas. Vou parar por aqui porque esse tema nos leva a muitas outras questões preocupantes...

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Avatar de pedro rabello

sempre faltará subjetividade à inteligência artificial. e nada mais bonito na literatura do que a subjetividade, seja do autor, seja do leitor.

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