China Iron: Por que não seria possível?
Da Biblioteca: "As Aventuras da China Iron", de Gabriela Cabezón Cámara
A Flip anunciou nesta semana a programação oficial completa da edição deste ano, que acontecerá entre os dias 9 e 13 de outubro. Pelo andar da carroça, não estarei em Paraty ao longo de toda a festa, mas penso em fazer um bate-volta no sábado.
Essa ideia ganhou força pois será o dia em que dois nomes recém-divulgados que me interessam demais participarão de mesas. Falo do senegalês Mohamed Mbougar Sarr, autor de “A Mais Recôndita Memória dos Homens” (Fósforo, tradução de Diogo Cardoso), e da argentina Gabriela Cabezón Cámara.
Prometo escrever na coluna ou aqui na newsletter uma análise mais detida do que rolará em Paraty. Farei isso mais adiante, quando mudar a chave da Bienal do Livro São Paulo. Por enquanto, aproveito a deixa para reforçar: leiam “As Aventuras da China Iron”, da Cabezón Cámara.
Martelo isso desde que o livro saiu aqui em 2021, pela Moinhos, com tradução de Silvia Massimini Felix. O romance já me chamava a atenção antes mesmo da edição brasileira. Original de 2017, acompanhei com interesse a boa recepção nos países hispânicos e de sua versão para o inglês, finalista do International Booker Prize de 2020.
Ao lado de “Temporada de Furacões”, da mexicana Fernanda Melchor, “As Aventuras da China Iron” provavelmente foi o livro que mais recomendei nos últimos tempos. E até hoje só recebi agradecimentos dos leitores pela minha insistência com ambos.