Bordoada que desnorteia

Da Biblioteca: “Morra, Amor”, de Ariana Harwicz

Qual é o seu livro preferido de tal autor?

Desconfio das respostas que eu mesmo dou para essa pergunta, principalmente quando gosto pra caramba do autor em questão. É que calha de sempre vir à cabeça o livro que mais me marcou daquela pessoa, aquele responsável por eu me encantar com tal literatura.

É mesmo o meu preferido ou o melhor que li daquele escritor ou escritora? Sei não... De verdade. Mas é o que me fez mergulhar naquele universo em particular.

Foi assim com Ariana Harwicz. As bordoadas de “Morra, Amor” me fizeram querer ler tudo dessa argentina radicada na França. Original de 2012, o romance saiu por aqui em 2019 pela Instante, com tradução de Francesca Angiolillo.

É no interior francês que vive uma mulher atormentada. Ela se debate contra as imposições da recente maternidade, a rotina do matrimônio, a mediocridade da vizinhança, as encenações familiares e sociais que costumam nos minar aos poucos.