Sim, chegou a hora de habilitar a opção de pagamento para a newsletter. Como antecipei na última edição, agora a Página Cinco aceita a contribuição daqueles que querem e podem pagar pelo conteúdo que produzo.
Por que decidi fazer isso? Hoje a Página Cinco se divide entre coluna no Uol, podcast e newsletter. O Uol me paga pelas colunas que escrevo para eles, claro. É a única frente do meu trabalho atrelada ao portal.
As outras eu criei e sigo tocando por conta própria. Podcast e newsletter nunca renderam grana (não de forma direta, pelo menos). Me parece justo tentar mudar isso. É o que pretendo fazer neste ano.
Como vai funcionar? As edições maiores da newsletter (com textos normalmente inéditos, comentários e curadoria de conteúdo) seguirão abertas a todos. As edições de “Da Biblioteca”, com dicas de leitura, passarão a ser exclusivas para assinantes, num agrado para quem puder contribuir.
A novidade é que começarei a organizar encontros virtuais também exclusivos para assinantes. De início iremos alternar papos livres (sobre livros, literatura, a vida) num mês com reuniões do Clube de Leitura da Página Cinco em outro mês.
Posso contar com o seu apoio?
Clube de Leitura Página Cinco
Conversas com os assinantes ajudarão a definir os rumos desses encontros. Por ora, a ideia é que o primeiro papo livre aconteça na segunda quinzena de fevereiro. Já o encontro inaugural do Clube de Leitura deverá ficar para a segunda quinzena de março. Escolheremos juntos dias e horários.
Já tenho em mente qual livro estará no centro do primeiro encontro do Clube: “O Invencível Verão de Liliana”, contundente romance da mexicana Cristina Rivera Garza.
Nele, a autora passeia por diversos gêneros textuais para reconstruir a história de sua irmã, Liliana, vítima de um feminicídio em 1990. A obra saiu por aqui pela Autêntica Contemporânea, tradução de Silvia Massimini Felix.
Quer ter acesso às edições exclusivas e participar do Clube de Leitura?
Patrocínios
A ideia não é parar por aí.
Penso em ir atrás de patrocínios para a newsletter e, talvez um pouco mais adiante, para o podcast. No meu mundo ideal, seria perfeito se marcas que podem dialogar com leitores topassem entrar nessa: empresas de cafés, vinhos, de canetas, de papel, de audiolivros, livrarias…
Já sugeriram conversar com editoras, mas não me parece o melhor caminho. Soa estranho receber de uma empresa e depois ter que resenhar (e eventualmente elogiar) seus livros. Não basta ser imparcial (e a imparcialidade é inegociável), é preciso transparecer essa imparcialidade. O que vocês pensam?
E, claro, sigo aberto a convites para outras atividades que ajudam a compor a renda por aqui: participar de eventos, mediar mesas, ministrar cursos, ajudar a pensar livros, escrever reportagens, resenhas, ensaios…
Só mandar um e-mail que conversamos.
Tento de novo: posso contar com o seu apoio?
Não aceitar patrocínio (dinheiro) de uma editora é o melhor caminho. Um caminho de liberdade que pode ser compensado com outros modos de monetização. Ninguém fala mal de patrão.
Só de receber material para resenhar já rola uma "pressão natural", embora nem sempre o livro/quadrinhos vá ganhar elogios. Então, tu não vai querer ser uma Tatiana Feltrin da vida...
Concordo sobre o que falou de editoras. Acredito que o lugar que seu trabalho ocupa hoje precisa mesmo de imparcialidade e liberdade para produzir!! Vou tentar participar do clube, fiquei curiosa. E parabéns pelos planos ✨